O presidente da CMB, Mirocles Campos Véras Neto, participou na tarde desta terça-feira (18), de audiência pública remota realizada pela comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha o enfrentamento da pandemia de Covid-19. O assunto discutido foi a criação, pelo Ministério da Saúde, de uma central de distribuição do chamado “kit intubação”.
Na oportunidade, Véras lembrou que a CMB liderou a importação dos medicamentos através de alguns hospitais filantrópicos, porém, com grande dificuldade, em razão da frágil situação financeira das instituições.
O presidente da Confederação ressaltou ainda a preocupação com os altos preços desses medicamentos e a demanda reprimida na área cirúrgica, que virá no pós-pandemia e que também necessitará de anestésicos e sedativos. “Esses pacientes vão bater às portas das nossas Santas Casas e (a situação) é algo que nos preocupa muito”, disse.
Representando o Ministério da Saúde, a analista técnica de Políticas Sociais Pasta, Ediane Bastos, que atua na Coordenação Geral do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, informou que há, no momento, 35 ordens de compra de medicamentos emitidas e a expectativa é que as entregas comecem a acontecer a partir de junho. “É uma operação um pouco demorada, com vários atores envolvidos, cada um com seus prazos e restrições. Tem um desafio de fazer um planejamento de longo prazo também, porque o cenário é muito dinâmico, mas continuamos realizando o mapeamento do mercado internacional”, falou.
A audiência reuniu, ainda, representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems); do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma); da Associação Nacional dos Hospitais Privados (ANAHP), do Conselho Nacional de Saúde; e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
