Hospitais filantrópicos se engajam nas ações do governo federal para orientar unidades de saúde na batalha contra a dengue

Reunião virtual com 200 participantes definiu estratégias na organização assistencial aos pacientes com a doença em toda a rede de saúde do país

Com a explosão de casos de dengue no Brasil no início deste ano, o governo federal, hospitais filantrópicos, privados e outras entidades se mobilizaram nesta sexta-feira (9) para traçar estratégias na batalha contra a doença. A reunião contou com a presença da ministra da saúde, Nísia Trindade, e do presidente da CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas), Mirocles Véras e foi conduzida por Helvécio Miranda Magalhães Júnior, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde.

Além disso, também participaram autoridades da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), do Conselho Nacional de Secretárias Municipais de Saúde (CONASEMS) e da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP). O encontro virtual ocorreu em um dia histórico, marcado pelo início da vacinação contra a doença.

“É fundamental o cuidado, desde a Atenção Básica em saúde, e todo esse trabalho no setor hospitalar com o manejo adequado dos pacientes com dengue. É imprescindível para nós contarmos com o apoio de todos vocês”, afirmou a ministra da Saúde.

O presidente da CMB, Mirocles Véras, fez questão de ressaltar o compromisso dos hospitais filantrópicos nesta situação crítica da doença no país. “Essa organização é importante, porque temos que fazer uma ação forte e conjunta para não perder mais nenhuma vida para a dengue”, enfatizou.

Durante a reunião, foram determinadas as seguintes ações de organização assistencial dentro dos hospitais no combate à dengue:

  • Buscar classificar o risco dos pacientes até 10 minutos depois da chegada na unidade de saúde;
  • Implementar estratégias de fortalecimento da equipe multiprofissional (enfermeiros);
  • Elaborar e implementar fluxo institucional para casos de dengue considerando os 4 estadiamentos (Grupo A, B, C e D – de acordo com a gravidade do caso);
  • Garantir que a avaliação inclua os sinais de alerta;
  • Ofertar exames para os diagnósticos diferenciais;
  • Identificar pacientes e cuidadores com redução da autonomia ou independência;
  • Elaborar material informativo para as orientações de cuidado;
  • Ofertar consulta de retorno agendada;
  • Coleta de exames imediato à consulta com resultado rápido;
  • Instituir processos que permitam compartilhamento do cuidado com os serviços que darão seguimento ambulatorial;
  • Implementar ferramentas que permitam busca ativa de casos;
  • Considerar equipes de vigilância de casos que tenham indicação de segmento.

Mirocles ressaltou a importância de todos os atores da assistência de saúde neste momento. “Justos faremos parte da solução contra a dengue. É muito significativo essa reunião para orientações na organização assistencial no dia em que o Brasil inicia a vacinação contra a dengue”, afirmou.

Com canal de informações ágeis e efetivas, a CMB vai compartilhar materiais e guias das orientações definidas para todos os cerca de 1,8 mil hospitais que fazem parte da confederação.

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