Alckmin defende secretaria especial no Ministério da Saúde para os filantrópicos

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O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) e candidato a vice-presidente da República, na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu que o Ministério da Saúde deve ter secretaria especial voltada aos hospitais filantrópicos, que atendem a 50% dos atendimentos do SUS de média complexidade e 70% da alta complexidade. A declaração foi dada em sua participação no 30° Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos e 13º Congresso Internacional das Misericórdias, realizado pela CMB (Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas). O painel foi apresentado pela assessora de comunicação da CMB, a jornalista Carolina Fagnani.

O Congresso abriu espaço aos três candidatos mais bem colocados nas pesquisas. O candidato Ciro Gomes não retornou aos contatos e o candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, justificou a ausência por compromissos anteriormente agendados. Lula, que também não pode comparecer em função de outras agendas, enviou Alckmin como seu representante.

“O Ministério deve ter uma secretaria específica para isso (os hospitais filantrópicos). O diálogo precisa ser permanente”, disse Alckmin, sendo aplaudido pelo público de 900 pessoas, composto por provedores, diretores, médicos, advogados, administradores hospitalares de Santas Casas e Hospitais Beneficentes, gestores do SUS e profissionais de saúde de todo Brasil.

Alckmin, que é médico e já atuou em Santas Casas, lembrou do problema de custeio que impacta as instituições e de programa criado durante sua gestão em São Paulo, o Santas Casas SUStentáveis. Instituído em 2014, a iniciativa classifica as instituições filantrópicas em três perfis: hospitais estruturantes, estratégicos e de apoio, para receberem respectivamente 70%, 40% e 10% a mais do que já recebem do SUS. Para permanecer credenciada e receber o aditivo, a unidade participante deve cumprir metas de atendimento. “É um modelo interessante. Podemos discutir novos modelos de orçamentação e São Paulo deve servir como experiência”, falou, completando: “Os filantrópicos são os melhores parceiros que se pode ter”.

O presidente da CMB, Mirocles Véras, agradeceu o reconhecimento ao setor filantrópico e declarou que espera “que possamos tornar as instituições, de forma, definitiva, sustentáveis”.

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