A CMB se reuniu novamente, nesta quinta-feira (8/4), junto a outros representantes do setor filantrópico, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para reforçar a necessidade de recursos emergenciais para que os hospitais filantrópicos possam continuar o trabalho de enfrentamento à Covid e manter as atividades no pós-pandemia. Na reunião virtual participaram, representando a CMB, o presidente Mirocles Véras, o assessor legislativo da Confederação, José Luiz Spigolon e o diretor geral, Mário César Homsi Bernardes. Estiveram presentes também o senador Luis Carlos Heinze e os deputados federais Marcelo Ramos, o primeiro vice-presidente da Câmara, Antonio Brito (que preside a Frente Parlamentar das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos), Pedro Westphalen e Jerônimo Goergen.
Mirocles Véras relembrou que, em 2020, projeto do senador José Serra, para envio de recursos emergenciais às entidades filantrópicas de saúde, foi fundamental para que as instituições passassem pelo período, porém agora, com a agravação da pandemia e o cenário crescente de demandas reprimidas nos atendimentos quando essa fase findar, a situação financeira dos hospitais se encontra ainda mais crítica.
Véras destacou, ainda, o projeto de sustentabilidade do setor, desenvolvido pela CMB e o qual vem sendo discutido junto à esfera federal para viabilização. “Levamos ao Ministério da Saúde um projeto de sustentabilidade do setor, para demonstrar que não estamos só pedindo recursos, mas que estamos querendo, de forma definitiva, a sustentabilidade do setor de saúde filantrópica”, falou o presidente da CMB. “Historicamente, nossos hospitais, muitos deles centenários, vêm sendo subfinanciados, se endividaram, mas continuam lutando para atender a população brasileira, substituindo até o dever do Estado de bancar a saúde pública”, acrescentou.
Presente na reunião, o diretor geral da Santa Casa de Porto Alegre, Júlio Flávio Dornelles de Matos, junto ao presidente e ao diretor da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Estado do Rio Grande do Sul, Luciney Bohrer e André Emílio Lagemann, salientou a representatividade dos hospitais da área que, só no estado gaúcho, 80% dos atendimentos do SUS são realizados pelas Santas Casas. Matos ressaltou também que as entidades filantrópicas custam de oito a dez vezes menos do que um hospital público, atendem à 50% da média complexidade e 70% da alta, além de gerar empregos que, com os impactos financeiros, afetam a mais de três milhões de brasileiros.
O presidente do Senado disse que é inegável a representatividade do setor e se comprometeu a encaminhar os pleitos ao governo federal. “Tenham o meu compromisso de externar ao ministro da Economia e da Saúde, com quem devo estar nesta semana, e também ao presidente Bolsonaro, sobre o conteúdo desta reunião e a demanda para que governo comece sua reflexão da necessidade de ajuda às Santas Casas”, falou. “Temos elementos pertinentes que demonstram a necessidade do pedido. Os hospitais filantrópicos são absolutamente fundamentais para o enfrentamento à Covid-19 e para cuidar da saúde dos brasileiros, pois só os hospitais públicos não dariam conta, é um reconhecimento óbvio”, completou.