Convidado do CMB Online desta segunda-feira (14/9), o Secretário de Atenção Especializada à Saúde, do Ministério da Saúde, Luiz Otávio Franco Duarte, explanou sobre as ações desenvolvidas pelo governo federal no enfrentamento à Covid-19.
O secretário apresentou os investimentos realizados – até o momento, já foram investidos R$ 25,5 bilhões. Entre os números apresentados, Duarte destacou a distribuição de 10.811 ventiladores para o tratamento de pacientes; a habilitação de 12.495 leitos de UTI Adulto, 249 Pediátrico e 4.799 em hospitais de pequeno porte; compra e distribuição de 255.454.905 EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) aos profissionais de saúde, além do desenvolvimento de sete ações para o reabastecimento de medicamentos. “Se alguma instituição tiver necessidade de ficar com legado do Ministério da Saúde, como os ventiladores, a CMB pode nos trazer a demanda que iremos estudar a viabilidade, porque é de interesse de toda a sociedade brasileira que se amplie a assistência da alta complexidade dos hospitais filantrópicos e Santas Casas. Essas entidades têm uma missão muito nobre de formar e salvar vidas”, salientou o secretário.
Na ocasião, o presidente da CMB, Mirocles Véras, lembrou que 78 hospitais filantrópicos ainda não receberam os recursos emergenciais da Lei nº 13.995/2020 e a situação já foi oficiada ao Ministério da Saúde. “Temos uma preocupação pós-pandemia, com a demanda reprimida de outras enfermidades e, por isso, vamos agendar outra reunião com a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, para discutirmos o futuro e a sustentabilidade das nossas instituições, pois não dá mais para mantê-las endividadas e sem ter remuneração justa”, falou.
Nessa linha, foi pontuada a problemática envolvendo o crédito consignado, que vinha sendo instrumento para que as Santas Casas e hospitais filantrópicos fossem minimizando o aumento de suas dívidas. Porém, neste ano, o Ministério da Saúde suspendeu todos os contratos de instituições financeiras que estavam em andamento, sob o argumento de que os recursos que vão para os hospitais acabam, de certa forma, indo para os bancos em forma de juros, no pagamento dos empréstimos. O secretário informou que já está em conversações junto às instituições financeiras para a busca da redução dos juros.
Ao final da reunião, Duarte respondeu a perguntas dos representantes de variadas Federações de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos.