CMB 29 congresso 11

CMB 29 congresso 11No último dia do 29° Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (15), o painel 4 trouxe à tona a discussão sobre “A importância dos indicadores para gestão”. Para explanar sobre esse tema, estiveram presentes o administrador hospitalar da Fundação Santa Casa de Misericórdia de Franca, Thiago Silva e o vice-presidente da MV, Alceu Alves da Silva.

Thiago apresentou os indicadores usados na gestão da Fundação Santa Casa de Misericórdia de Franca e como os indicadores de qualificação da gestão e indicadores de produção trouxeram benefícios para a instituição, entre eles: o controle das máquinas novas nos hospitais, a disponibilização mensal da agenda ambulatorial, a alta hospitalar responsável, a taxa de suspensão de cirurgia por motivos administrativos, entre outras melhorias.

Thiago falou, ainda, da experiência e os benefícios do programa Santas Casas SUStentáveis, um modelo de gestão na saúde pública usado em São Paulo, e afirmou: “hoje seriam necessários R$ 10 milhões por mês no orçamento do estado para atualizar a base do projeto, utilizado por 63 hospitais”. 

Já, o vice-presidente da MV, Alceu Alves da Silva trouxe uma visão contemporânea dos indicadores no processo de gestão.  “Não precisamos de especialistas em indicadores, é preciso entender que o nosso segmento vive um cenário de muitas variáveis de grande impacto”, alertou. Alceu destacou que há dois fatores relacionados com esses indicadores: o prolongamento da vida e o desenvolvimento tecnológico. Neste contexto, a gestão seria fundamental. “E é exatamente por isso que os indicadores precisam medir resultados e estabelecer ações e correções”, atentou.

Segundo Alceu, os indicadores precisam estar alinhados com as estratégias e com o modelo de gestão. “Muita gente acha que vai recuperar o seu hospital trabalhando apenas a área financeira ou de materiais. Mas posso dizer que gestão hospitalar é algo muito complexo, e digo que bloco cirúrgico, de internação, área de imagem e CTIS são áreas essenciais para fazer gestão”, esclareceu.

Para ele, o principal indicador de gestão hospitalar é o índice de produtividade de custo fixo. Alceu diz que o grande segredo é fazer o cruzamento de cada centro de resultado. “Não basta apenas ter o indicador, é preciso saber onde quer chegar com esse indicador”, defendeu.

Alceu trouxe três propostas provocantes para os indicadores, como: a gestão de alto desempenho, aplicando um serviço de monitoramento de todo o processo de gestão e de todos os hospitais que compõem a rede – pois segundo ele, hoje existem ferramentas que permitem fazer isso à distância e de forma imediata -; a parceria público/privada (ampliação dessa parceria, uma legislação adequada com garantias de execução, avaliação da gestão de da qualidade dos serviços, ganhos de eficiência, maior economicidade); e o panorama do que acontece na rede das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (perceber onde é preciso se posicionar).

{gallery}painel4{/gallery}