Filantrópicos somam mais de mil maternidades e oferecem mais da metade de leitos SUS pediátricos
nível III

O Brasil é signatário de um acordo firmado com a ONU (Organização das Nações Unidas) em 2015 para reduzir, até 2030, a razão de mortalidade materna para, no máximo, 30 por 100 mil nascidos vivos, ou seja, quase um quarto do número registrado em 2021. No mês passado, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), juntamente com outras agências e parceiros das Nações Unidas, lançou uma campanha para incentivar os países da América Latina e do Caribe a reduzir a mortalidade materna, que aumentou em 15% entre 2016 e 2020. A iniciativa ressalta que serviços de saúde materna acessíveis, bem como profissionais disponíveis, treinados, equipados e que respeitem os direitos e particularidades das gestantes também são fundamentais para reduzir a mortalidade materna. O setor de saúde filantrópico brasileiro tem um papel de peso no atendimento às mães – do nascimento, com a oferta de maternidades e na saúde de seus filhos, com os serviços de Pediatria.


“Com mais de mil leitos, atualmente o IMIP se consolida como o maior hospital filantrópico do Brasil, com atividade direcionada exclusivamente ao SUS. Reconhecido nacional e internacionalmente, é referência para o Norte-Nordeste em diversas atividades nas áreas de Atenção à Saúde, Ensino, Pesquisa e Extensão. Em Pediatria, o IMIP realiza média de 2,5 mil atendimentos de Emergência Pediátrica e 800 admissões nas diversas unidades assistenciais pediátricas, que totalizam 362 leitos, incluindo as de terapia intensiva. À nível ambulatorial pediátrico, são realizadas 20 mil consultas, das quais 1,5 mil no Ambulatório de Oncologia, o que representa 50% dos pacientes com diagnóstico de câncer infantil em Pernambuco.”


“O Hospital Sofia Feldman, localizado na periferia de Belo Horizonte, foi construído pela comunidade, é 100% SUS e funciona há 40 anos. Em 2022, a entidade assistiu 10.822 partos e internou 2.500 recém-nascidos de alto risco na neonatologia. Há cerca de 10 anos, se constituiu como a maior maternidade do estado e do Brasil em número de AIHs (Autorização de Internação Hospitalar). 40% dos partos são de alto risco e, em Minas Gerais, o hospital é considerado referência para a área materno-infantil, sendo que 75% dos recém-nascidos são do interior do estado.”